terça-feira, 23 de agosto de 2011

Valor



Quem pode me dizer quanto eu valho?
Alguém?
Será que valho muitas gargalhadas? Ou muitas lágrimas? Valho flores, perfumes, jóias? Ou será que milhões de reais, dólares, euros, ou etc? Valho a vida de alguém? Suas dores, suas alegrias, seus sonhos?
Sinceramente não consigo encontrar nada em que realmente caiba o meu valor. Nada, por maior ou mais lindo, digno, grande e precioso que seja, pode ser comparado ao que eu sei que possuo e sou.
Em mim cabem milhões de oceanos de sentimentos, infinitos sonhos, sensações, valores e emoções... Minha alma é única e por isso tem um valor inestimável.
Quando eu penso em valorizar algo e também no seu justo valor, acabo por comparar... e como sou única, não há comparação que se possa fazer. Como comparar coisas diferentes? Como comparar o preço de uma casa com o preço de um chiclete? Não são iguais e por isso eu só posso comparar o valor de uma casa com outra e o de um chiclete com outro.
Mas e no meu caso? Como pensar no meu valor se não existe nada semelhante a mim?
Portanto digo que não possuo valor mensurável... E assim, eu reconheço que valho muito! E infinitamente mais do que eu penso que valho.
E é por isso que nem você, nem ninguém consegue me encaixar em moldes, em preços ou comparações.
Sou única e muito feliz por isso!
E você? Qual seria o SEU valor?

Voltando aos poucos


Vou começar a postar mais nesse blog... Não espero que ninguém leia, mas eu me sinto bem em poder falar um pouco de coisas boas.
Quero que esse espaço seja para que se leia sobre boas notícias, ou pelo menos um lugar onde eu reflita sobre as coisas desse mundo e do meu mundo, mas a partir de uma perspectiva de vida e não de morte. Quero tentar (e falo isso sabendo que talvez eu não consiga, sempre) fazer aqueles que por acaso, leiam o meu blog, se sintam bem e tenham vontade de viver, amar e ser feliz!
É só isso que eu quero!
E por isso estou voltando!
beijos...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Diferentes

Durante muito tempo, acreditei que o certo era querer que todos fossem como eu.
Acreditei que o melhor para mim, seria necessariamente, o melhor para qualquer um.
Mas será que Deus seria tão pouco criativo assim?
Criar pessoas com os mesmos sonhos, desejos, expectativas e anseios?
Creio que não...
Nós é que temos a mania de querer colocar em quadrados, tudo na vida.
Vamos criando rótulos e tentando encaixar todos em algum lugar!
Hoje eu percebo isso...
Me sinto feliz porque penso. Porque me permito fazer diferente do que já fiz tanto...
Quero não colocar você em nenhuma caixa! As minhas medidas são muito inferiores ao que você consegue fazer e ser!
E queria que ninguém tentasse me rotular, também. Mas sobre isso já não posso fazer muito...
Só não sou mais a mesma. Quero dizer não aos rótulos.


sábado, 30 de abril de 2011

O Amor do Pequeno Príncipe

"... Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar.
Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.
Os contos de fada são assim.Uma manhã, a gente acorda e diz: "era só um conto de fadas..." E a gente sorri de si mesma. Mas no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fada são a única verdade   da vida."
 Antoine de Saint-Exupéry


quarta-feira, 2 de março de 2011

Falta

Hoje eu sinto falta...
Sinto falta do beijo que eu não dei,
da palavra que eu não disse,
do carinho que eu não fiz!
Sinto falta de receber aquela rosa,
ler aquele poema,
chorar de saudades...
Sinto falta do que eu não fui,
do que eu queria ser,
do que eu não tenho coragem de viver.
Sinto falta da mensagem com apenas uma palavra,
do olhar que diz tudo,
das mãos entrelaçadas.
Sinto falta de escrever,
de cantar e pintar!
Queria sentir menos hoje! Queria não sentir nada!
Mas o meu coração não me obedece e insiste em fazer assim!
Quem sabe ele apenas quer que eu não me esqueça que eu tenho coração???

Letícia Cristina Pereira
O que impede um verdadeiro amor de acontecer é o medo!
Medo de sofrer...

terça-feira, 1 de março de 2011

A felicidade

Um dia um homem muito triste sentou perto de uma criança, no banco da praça.
Ele já não sabia o que fazer com suas imensas tristezas e desilusões. Afinal, nunca fora suficientemente feliz.
Pensava nos amores que perdeu, uns porque não fora capaz de se doar, outros porque se entregou demais... Sabia que em todos os relacionamentos que teve, poderia ter sido feliz. Mas, infelizmente, ele só percebeu isso quando já não havia esperanças. Quando nada mais podia ser feito.
O emprego era o pior do mundo. Não para toda a sociedade e sim para ele. Era Auditor Fiscal. Tinha um altíssimo salário, era muito respeitado, tinha dinheiro e poder suficiente para comprar e ser o que muitos sonham... mas ele não era, ele não queria.
Para esse homem, sentado ao lado da criança, nada em sua vida era importante, nada tinha valor.
Pois não era isso o que ele sempre sonhara...
Quando menino, ele queria ser pintor! Adorava desenhar, rabiscando qualquer coisa, imaginando-se um grande artista. Gostava de ficar sozinho, a contemplar a natureza, a beleza da água, da terra, da borboleta... Vivia a sonhar com castelos, com finais sempre felizes, com o melhor!
Mas ao crescer, esses sonhos foram sufocados e transformados em meras "bobeiras de criança". Nada que ele realmente queria aconteceu. Ele foi sendo levado pelo que os outros queriam que ele fosse!
Aprendeu com os adultos que a vida é dura, e que apenas quando aceitamos isso estaremos verdadeiramente maduros!
_Um homem inteligente como você vai longe! Será doutor, com certeza! Não precisa de ninguém pra conseguir ser o melhor! Você nasceu pra isso!!! - diziam os outros.
E ele, por muito medo de não agradar, de ser incompreendido pelas pessoas, acabou acreditando que não haveira nenhum problema em mudar seus planos e sonhos: passaria a sonhar o que os outros sonhavam para ele!!! Assim, encontraria o melhor caminho para a sua felicidade! Afinal, era só isso que ele queria: ser feliz!
Foi tentando conciliar em sua vida, todos os sonhos dos outros e assim achou que seria muito mais fácil viver! A culpa dos fracassos e erros jamais seriam dele! Quem disse pra ele tentar aquele concurso foi o fulano, quem disse pra ele namorar aquela moça foi sicrano, quem decidiu essa roupa foi sua irmã, o seu corte de cabelo foi ideia da namorada. E assim, ele se esquivava de qualquer responsabilidade! Qualquer não-aceitação! Certo????
Errado...
Esse homem nunca conseguiu ser feliz com todos esses sonhos nas costas. Acabou virando a pessoa mais frustrada e insatisfeita do mundo. Ele já não sabia quem era, não sabia o que queria ser, não era feliz. Não era nem um pouco feliz! Era apenas escravo dos outros e de si mesmo. Era escravo dos seus medos, das suas angústias, dos seus fracassos...
Esse homem estava ali sentado ao lado daquela criança, a pensar. Havia dias não tomava banho, não fazia a barba, não ia trabalhar. Naquele momento, só pensava em uma única coisa:
_"Não quero mais viver!"
A criança começou a desenhar no chão de areia, com um graveto... e só naquele momento, o homem percebeu que tinha gente ao seu redor. Ficou a olhar aquele ser inocente, fazendo o que queria, sem se preocupar com os outros. Aquela criança era feliz.
Então o homem se lembrou que também já fora criança um dia. E que também fora feliz, tivera sonhos, vontade própria.
Assim, percebendo que o segredo para a sua felicidade era encontrar a criança adormecida dentro de si mesmo, deu um salto do banco e pegou um graveto. Sentou-se ao chão e ficou a rabiscar...
Deus ali, falou-lhe ao coração!
Ainda era um criança cheia de vida pela frente! Bastava coragem para dar os primeiros passos rumo à própria felicidade.
Autora: Letícia Cristina Pereira

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sofrer pra quê?

Será que há tanto sofrimento assim, ou só somos mimados demais...
Afinal o que é sofrer???
Nunca gostei de menosprezar a dor de ninguém, desde uma dor no dedo, dor de barriga, dor no cabelo (acreditem, já ouvi queixas assim...), até a dor da perda alguém que se ama, dor dos que vivenciaram uma guerra, dor na alma pela tristeza da miséria e abandono.
Mas por que as vezes nós mesmos buscamos os nossos próprios sofrimentos? Nós sabemos que não devemos ir por determinado caminho, ou lugar, sabemos que não devemos insistir em tirar a casquinha daquele machucado, pois assim ela nunca vai cicatrizar, e ainda assim, fazemos o que não devíamos.
Será que não devíamos?
Será que buscar uma vida sem sofrimentos, é realmente viver?
Será que a nossa vontade de evitar o sofrimento já não é, em si mesma, um ato de sofrer?
Será que a felicidade verdadeira não consiste em saber que apesar de qualquer sofrimento, eu me decidi por essa ou aquela vida e que por isso devo lutar até o fim para perseguir meus sonhos?

A única certeza que tenho hoje é que não quero fugir. Pra lado algum...
Quero deixar o meu criador me indicar o caminho... e sei que escutarei sua voz, dentro do meu coração!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

As vezes eu penso: por que Deus fez o ser humano tão complicado?

Num dia, queremos e lutamos por um mundo melhor, agimos, tomamos grandes ou pequenas decisões visando nossa felicidade e até mesmo a de outras pessoas.
No outro, ao amanhecer, nos sentimos tão incapazes, tão pequenos, tão tristes e frustrados, que pensamos ser a maior besteira lutar pelos sonhos, "isso tudo não passa de uma ilusão" - pensamos. "O mundo é assim, eu sou assim, e tudo deve permanecer como está..."

Será que a culpa é de Deus?
Será que existem culpados?

Hoje eu me pergunto: em qual fase estou?
Se é na primeira, deixarei os impulsos me levarem. Farei o bem, fugirei, salvarei pessoas e a mim mesma, sem me preocupar com o amanhã...
E quando estiver no outro dia e eu acordar sem sonhos, me deitarei novamente, e esperarei isso passar.
Porque descobri que o ser humano foi feito pra sonhar, e que só isso importa. Afinal, que tristeza o mundo não seria se ninguém tivesse acreditado que um sonho, por mais ridículo que parecesse, pudesse acontecer?
Eu quero sempre lutar pelo que o meu coração me pedir.
Porque uma vez um sábio e santo homem me disse: “a voz de Deus é aquela que está bem no fundo do seu coração.”

Quem gosta...