Da janela, observo-a cheia de encantamento.
Suas pétalas tão vermelhas
pedem que eu me aproxime mais.
Durante um longo tempo vou,
inspiro seus aromas,
escuto atentamente sua vida
e volto, sempre mais enamorada.
Mas com o passar das semanas,
e quanto mais me aproximo,
percebo que meu desejo é possuí-la.
Possuí-la é arrancá-la.
E arrancá-la é matá-la.
Matá-la é matar-me a mim mesma.
Pois sua seiva me alimenta,
suas cores me inspiram,
sua resistência me motiva,
sua fragilidade e força me intrigam.
Sua vida me dá vida.
Por isso, hoje, nesse não tão longo caminho entre a sala e a rosa,
calculo e decido firmemente que,
a melhor maneira de possuí-la é deixá-la
e, de longe, amá-la.
Em silêncio ou
Dizendo apenas poucas palavras.
Mas alegrando-me
tanto com sua beleza
quanto com a admiração que causa em muitos.
Ela é de todos!
Eu não digo a ninguém,
mas lá no fundo,
ela será sempre a minha rosa.
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